Sabe aquele vídeo que aparece no meio do seu feed e, de repente, você acha que precisa daquele sérum caríssimo, daquela máscara nova ou do óleo que sua influencer preferida mostrou? Pois é, não é só você. Todas nós estamos vivendo essa avalanche de consumo que as redes sociais alimentam o tempo inteiro.
O problema é que esse consumo não planejado está lotando nosso armário, esvaziando nosso bolso e, muitas vezes, piorando a saúde da nossa pele e do nosso cabelo. Porque, sim: excesso de produto não significa mais cuidado. Às vezes, significa confusão, acúmulo, sensibilidade pele e até queda capilar.
O ciclo do “só mais um produtinho”
As redes sociais transformaram a beleza numa vitrine infinita. Todo dia tem um lançamento “indispensável”, um ativo “milagroso”, uma técnica nova que você “precisa testar”. E a gente acaba acreditando que o segredo do autocuidado está em ter mais mais produtos, mais ativos, mais novidades.
Mas a verdade é que muita gente está confundindo necessidade com desejo, e transformando autocuidado em um buraco de dívida que só cresce com as parcelas no cartão.
O impacto real do consumismo digital
Além de encher o armário com produtos que ficam esquecidos, esse consumismo desenfreado pode trazer consequências para a saúde mental. Pesquisas indicam que o consumo impulsivo estimulado pelas redes está associado a níveis maiores de ansiedade, estresse e insatisfação pessoal.
Isso porque, ao ver diariamente rostos “perfeitos” e produtos “milagrosos”, criamos uma pressão constante para alcançar um padrão inalcançável. E, quando o produto não entrega o prometido, vem a frustração que alimenta o desejo de comprar mais, em um ciclo que parece não ter fim.
Menos é mais, e funciona de verdade
Para a pele: limpeza que respeita seu tipo de pele que não prejudique sua barreira cutânea, hidratação com bons ativos e proteção solar diária.
Para o cabelo: limpeza equilibrada com shampoo certo, máscara adequada conforme a necessidade do cabelo (hidratação, nutrição e reconstrução) proteção térmica com leave-in e reparador e cuidado com o couro cabeludo.
Não é sobre a quantidade de produtos, e sim sobre a qualidade dos ativos e a escolha certa para você.
Como fugir da cilada do consumo nas redes sociais
Respire antes de comprar. Conheça seu tipo de pele e cabelo. Desconfie de novidades milagrosas. Prefira produtos com composição transparente. Monitore seus gastos.
A relação entre consumismo, autoestima e redes sociais
É importante também lembrar que o consumismo muitas vezes está ligado a uma busca por autoestima e aceitação. As redes sociais exploram isso ao mostrar padrões de beleza muitas vezes inalcançáveis, incentivando a ideia de que mais produtos significam mais cuidado, e, consequentemente, mais amor-próprio.
Porém, o autocuidado de verdade é sobre se sentir bem consigo mesma, com equilíbrio e consciência. Gastar menos, mas de forma mais inteligente, pode ser uma das maiores provas de amor-próprio que você pode dar.
Antes de gastar: conheça sua necessidade
Antes de se deixar levar pelo próximo vídeo de “achadinhos do mês”, respire. Avalie o que você já tem, o que funciona, o que é marketing puro e o que realmente tem respaldo científico.
Pra facilitar esse caminho e te ajudar a montar sua rotina de forma inteligente (e sem estourar o cartão), preparei um material especial:
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Nele, eu te mostro como escolher só o que funciona, com base em ciência, necessidade e equilíbrio.
Referências:
Dittmar H., Long K., Bond R. (2007). When a better self is only a button click away: associations between materialistic values, emotional and identity-related buying motives, and compulsive buying online. Journal of Social and Clinical Psychology, 26(3), 334-361.
Andreassen C. S., et al. (2017). The relationship between addictive use of social media, narcissism, and self-esteem: findings from a large national survey. Addictive Behaviors, 64, 287–293.
Draelos Z. D. (2010). Cosmetics and dermatologic problems and solutions. CRC Press.
Miranda R. A., et al. (2021). Cuidados dermatológicos essenciais: o que realmente funciona? Revista da Sociedade Brasileira de Dermatologia, 96(2), 154-161.