Queda de cabelo e doenças autoimunes: o que ninguém te explica (mas deveria)

A queda de cabelo não é apenas um problema estético. Para muitas mulheres, ela pode ser o primeiro sinal de que o organismo está em desequilíbrio. Um dos fatores mais negligenciados, até mesmo por médicos, são as doenças autoimunes.

Aqui, quero explicar de forma simples o que pode estar acontecendo e, principalmente, quais caminhos seguros e acessíveis existem para quem está vivendo essa situação, sem precisar recorrer imediatamente a tratamentos agressivos.

Quando o próprio corpo começa a atacar o cabelo

Nas doenças autoimunes, o sistema de defesa do corpo — que deveria nos proteger — passa a atacar tecidos saudáveis por engano. Infelizmente, o couro cabeludo pode estar entre esses alvos.

Existem algumas doenças autoimunes muito associadas à queda de cabelo, como:

  • Alopecia areata, que causa falhas arredondadas no couro cabeludo
  • Lúpus eritematoso sistêmico, que pode causar queda em todo o couro cabeludo ou deixar cicatrizes onde o cabelo não nasce mais
  • Doença celíaca, que mesmo sem sintomas gastrointestinais pode interferir na saúde capilar
  • Tireoidite de Hashimoto, que provoca desequilíbrio na tireoide causando queda difusa e fios cada vez mais finos

O grande problema: a dificuldade de diagnóstico

Infelizmente, muitos médicos ainda subestimam a queda de cabelo. As pacientes relatam frases como “é normal, é só estresse”, “isso é falta de vitamina” ou “use esse shampoo e vai melhorar”. O problema é que, sem uma investigação adequada, a causa real permanece e o cabelo continua se perdendo aos poucos. Muitas mulheres chegam a perder boa parte dos fios justamente por não terem sido ouvidas a tempo.

Existe solução? Sim, e ela começa com um olhar cuidadoso

Há caminhos para tratar a queda de cabelo ligada às doenças autoimunes, mas o ideal é que sejam abordagens seguras, que respeitem o corpo como um todo e não apenas ataquem o sintoma.

O primeiro passo é a investigação correta. Exames básicos raramente mostram o problema. Quando há suspeita de autoimunidade, podem ser solicitados exames de tireoide, fator antinuclear, vitaminas, minerais e sorologias específicas. Porém, o foco não deve estar apenas no exame isolado, e sim em um profissional que saiba interpretar o conjunto dos sinais do corpo.

Muitas doenças autoimunes envolvem processos inflamatórios crônicos. Estratégias seguras, como alimentação anti-inflamatória, sono de qualidade, controle do estresse e exercícios físicos moderados, podem ajudar muito. Estudos mostram que intervenções no estilo de vida reduzem marcadores inflamatórios e podem favorecer a recuperação capilar.

É comum que doenças autoimunes gerem déficits nutricionais. Por isso, um bom acompanhamento nutricional pode trazer:

  • Reposição de vitamina D
  • Correção de ferro e ferritina
  • Suplementação individualizada de zinco, selênio e vitaminas do complexo B

É importante, porém, nunca se auto-suplementar sem orientação.

Existem tratamentos capilares que podem ser usados com segurança, mesmo durante o controle da doença autoimune. A palavra-chave nesses cuidados é consistência, pois pequenos cuidados diários fazem diferença no longo prazo.

Tratamentos agressivos nem sempre são necessários

Muitos tratamentos convencionais envolvem uso de corticoides, imunossupressores e procedimentos invasivos. Em alguns casos mais graves, eles são indicados, mas para a maioria das mulheres iniciar com estratégias mais conservadoras pode evitar que a doença chegue a esse ponto. A ideia é fortalecer o corpo, regular o sistema imunológico e criar um ambiente favorável para o couro cabeludo se recuperar.

Um recado final

Se você está sofrendo com queda de cabelo e suspeita de algo além do “normal”, saiba que não está sozinha e que existem caminhos. O importante é não ignorar o sintoma, mas também não se desesperar. O conhecimento certo pode evitar a perda irreversível dos fios, algo que infelizmente acontece com muitas mulheres que não recebem o cuidado adequado a tempo.

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Referências científicas

MESSENGER, A. G.; MCKILLOP, J. Alopecia areata: pathogenesis. Journal of the American Academy of Dermatology, v. 63, n. 1, p. 1-15, 2010.

WERTH, V. P. Cutaneous lupus erythematosus. Autoimmunity Reviews, v. 6, n. 2, p. 119-125, 2007.

ROSSI, M. et al. Celiac disease and alopecia areata. Dermatology, v. 217, n. 1, p. 30-34, 2008.

RASHEED, H. et al. Thyroid dysfunction and hair loss. Journal of Clinical and Diagnostic Research, v. 7, n. 10, p. 2111-2113, 2013.

ALMOHANNA, H. M. et al. The role of vitamins and minerals in hair loss: A review. Dermatologic Therapy, v. 32, n. 5, e13057, 2019.

NATIONAL INSTITUTES OF HEALTH (NIH). Autoimmune Diseases Overview. 2020. Disponível em: https://www.niaid.nih.gov/diseases-conditions/autoimmune-diseases. Acesso em: 15 jun. 2025.

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